20.5.12

UMBANDA - LINHA DO ORIENTE

A ESFINGE DO EGITO

Sob o límpido céu azul, lancei um último olhar àquela fronte ampla, àqueles olhos encovados, àquelas faces arredondadas, àquela coifa de pedra, talhada para imitar uma de linho franzido, com largas faixas horizontais, separadas por outras mais estreitas. Os raios rosados destacaram a feições mutiladas, reminiscência daquela Esfinge cuja forma os homens de antanho conheciam, levantando-a de pedra calcárea, e cuja superfície era então de cor vermelho-escura. Aquele corpo jacente, onde se combinavam tão bem a fôrça do leão e a inteligência do homem, em simbólico conjunto, revelava entretanto, algo mais; nada de bestial nem de humano; algo que estava além de uma e de outra coisa, algo divino! Embora nós não tivéssemos pronunciado uma só palavra, não obstante, da presença da Esfinge emanava uma atmosfera espiritual. Ainda que não tivesse ousado murmurar uma palavra naquelas grandes orelhas, tão surdas ao bulício do mundo, sabia que ela me compreendera perfeitamente. Sim, sem dúvida havia algo sobrenatural naquele ser de pedra, ao trazer para o século XXI o testemunho de um mundo desconhecido, embora seus grossos lábios selados retivessem com firmeza os segredos da Atlântida. No momento em que a luz do dia iluminou a Esfinge, ainda mais profundo tornou-se o seu mistério.

Estiquei minhas pernas adormecidas, na areia, e levantei-me lentamente, dirigindo ao rosto impassível uma palavra de despedida. Em seu olhar imóvel, fixo no Oriente, sempre atento ao despontar dos primeiros raios do Sol, tornei a ler o símbolo reconfortante da nossa ressurreição, tão certa e irrefutável como a própria aurora.
“Tu não és somente do tempo, mas pertences ao que é Imortal – sussurrou a Esfinge, - rompendo por fim seu mutismo – Tu és eterno e não apenas de carne perecível. A alma do homem não pode ser aniquilada, não pode morrer. Ela espera, envolta em mortalha no teu coração, como eu aguardei no teu mundo, envolta na areia. Conhece-te a ti mesmo, ó mortal! Porque há Alguém em ti, como em todos os homens, que surge e presta testemunho de que EXISTE um Deus!”

Do Livro O Egito Secreto de Paul Brunton


UMBANDA - LINHA DO ORIENTE

Fazendo parte das linhas independentes, das linhas autônomas de Umbanda, aparece brilhante com seus seres, a Linha do Oriente. Grande é o número dos que a constituem; são bondosos, bastante evoluídos e irradiam de sua Aura, vibrações puras, vibrações harmoniosas que lhes dão o característico na apresentação.
Esta linha tem como patrono ou chefe espiritual – São João Batista.
Quando apresentam-se estes seres, dão aos Médiuns os gestos, a forma, as maneiras dos povos orientais; dificilmente aparecem nos trabalhos tomando aparelhos, mas gostam de demonstrar a sua presença, sem contudo tomar o Médium; usam pouco ritual, fazem saudações, limitam-se ao uso da mirra, incenso e demais.
São tolerantes, serenos e de grande brandura nas manifestações e conselhos; são ótimos trabalhadores da magia e quando fazem trabalhos de cura são excelentes curadores; embora simples nas suas manifestações, ao se apresentarem deixam transparecer algum conhecimento.
Esta Linha possue sub-linhas com seus chefes e demais trabalhadores; os povos que a integram são orientais, mongóes, chins, indianos, árabes e outros.
Dos chefes das suas sub-linhas que muito trabalham, para citar alguns mencionamos – Ori do Oriente e Zarthú.
Quando traçam pontos aparece, em geral, o Triangulo, a ESFINGE, o Pentagrama Sagrado e demais símbolos; isto porém, raras vezes acontece; quase sempre isso é feito por outros entes que não pertencem a esta Linha, como meio para atrair os componentes da Linha do Oriente.
É uma das linhas que se empenha em fazer revelação de grandes acontecimentos, de novos conhecimentos, procurando sempre beneficiar a humanidade e contribuir para sua evolução.
Possam estas entidades deixar nos corações materiais a centelha do amor Divino, fortificados na aureola de luz do seu patrono São João Batista.

Do Livro Primeiras Revelações de Umbanda

Nenhum comentário:

Postar um comentário